Contam eles que Joaquim, pai de Maria, muito rico e
temente a Deus, oferecia constantemente sacrifícios ao Senhor, mas era sempre
humilhado pelos companheiros porque não tinha filhos. Sua mulher Ana era
estéril.
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Certa vez,
cansado de ser recriminado pelos amigos e sacerdotes, sem nada dizer à esposa,
reuniu seus pastores, levou os rebanhos para o deserto, armando ali sua tenda,
longe de todos e de tudo. Ninguém dava notícias dele e Ana achou que o marido
havia falecido.
Lamentava-se pela
viuvez e esterilidade. Apesar de abatida com o rude golpe, tentou reagir,
apegando-se ao Senhor, a quem orava com grande confiança. Certo dia em que
rezava em seu jardim, apareceu-lhe um anjo de Deus, dizendo: "Ana, Ana, o
Senhor escutou a tua súplica. Conceberás e darás à luz e de tua prole
falar-se-á em todo o mundo". Ana então prometeu a Deus que oferecia seu
filho ou filha ao Senhor, para que permanecesse ao seu serviço a vida inteira.
Na mesma ocasião
outro mensageiro celestial apareceu a Joaquim, dizendo: "Joaquim, Joaquim,
o Senhor ouviu teus rogos. Volta para tua casa pois Ana, tua mulher, dar-te-á
descendência". Joaquim obedeceu, reuniu os pastores e os rebanhos e se pôs
a caminho, enviando dois mensageiros a Ana para anunciar sua volta.
Passados os meses
nasceu-lhes uma menina, que recebeu o nome de Maria. Ana arrumou em seus
aposentos um oratório e não consentiu que alguma coisa impura chegasse às mãos
da filha. Quando Maria completou 3 anos, apresentou-a no Templo para que ela se
dedicasse ao serviço do Altíssimo.
Ali ficou a
Virgem cerca de 10 a 12 anos, saindo para desposar São José. Assídua no
trabalho, aplicada nos estudos dos Livros Sagrados, continuamente absorta em
Deus, servia de exemplo a suas companheiras.
Nossa Senhora
Menina era muito venerada na França. Uma de suas imagens mais conhecidas é a de
Montaigut, que representa a Virgem Maria adolescente, de pé, sorrindo e com as
mãos unidas em oração.
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