Qual não deve ter
sido a emoção de Maria ao ver o seu Senhor, o Cristo, receber dela, simples
criatura, o leite que iria desenvolver o Corpo, que Ele se dignou tomar,
permitindo-lhe viver, crescer e tornar-se um homem.
As mais antigas
imagens da Virgem amamentando o seu Divino Filho datam do final da Idade Média,
quando se observa na arte a humanização dos temas religiosos e a tendência cada
vez maior de ver em Maria mais a Mãe, do que a Rainha do Céu em majestade, como
acontecera nos períodos românico e bizantino.
Geralmente, na
época do gótico tardio, as figuras da Mãe de Deus, dando de mamar a Jesus, se
enquadram nas cenas de descanso da fuga para o Egito.
A devoção à Virgem
do Leite parece ter tido início na Palestina, onde Jesus Cristo passou a sua
vida terrena até morrer numa cruz para salvar a humanidade. Perto de Belém,
onde Ele nasceu, encontra-se uma gruta muito venerada pelo povo do lugar e
visitada por inúmeros devotos e turistas, dentro da qual se pode ver uma pedra
muito alva, já gasta de tanto ter sido raspada. As mães que estão
amamentando usam o pó desta rocha misturado com água, para aumentar o seu leite
ou para conservá-lo enquanto suas crianças necessitam de alimentação materna.
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